Síntese do livro Introdução à Filosofia de Marx – Sergio Lessa e Ivo Tonet
A partir de 1850, Marx se interessa profundamente pela historia da sociedade humana, daí parte a idéia de como tudo isso se deu. O conhecimento é um produto social que é responsável pela formação social por isso eis o elemento que gerou o ser humano. O ser humano se diferencia dos demais seres da natureza pelo fato de que os homens para poderem existir, devem transformar constantemente a natureza e a base para isso é que no mundo dos homens é o trabalho que é o fundamento do ser social já que transforma a natureza material indispensável ao mundo dos homens.
Inicialmente para buscar um meio de sobrevivência ele gera um instrumento que neste caso é o pensamento. O primeiro objeto desses seres pensantes foi o machado de pedra, levando em consideração que um conhecimento se agrega ao um outro conhecimento se tornando uma produção social.
Surge à linguagem para auxiliar na nomeação destes objetos, daí a previa-ideação surge sendo uma resposta entre outras possíveis diante das necessidades concretas que conduz ao objetivo de determinada causa.
Daí por diante ocorrem duas revoluções ontológicas das forças produtivas que foram a Revolução Industrial (1776-1830) e a Revolução Francesa (1789-1830) que elevou o desenvolvimento da produção, independente dos eventos da natureza que era o motivo do escasso desenvolvimento das forças produtivas até o início do século XIX. O primeiro modo de produção, caracterizado pelo primitivo, vivia da caça, da pesca, tendo como antecedente os primatas, visto também como nômades, em bandos como forma de sobrevivência.
O homem avança como outro modo de produção chamado asiático, marcado pelo surgimento da instituição Estado, garantidor dos interesses das classes dominantes, aqui não existia propriedade privada porem existia divisão de classes, daí o Estado como um mecanismo de dominação.
Na divisão social do trabalho cada grupo se especifica num trabalho, dividindo-se em classes sociais nascendo daí os funcionários públicos, militares, políticos.
Outro modo de produção vivido pelo homem foi o escravista baseado na civilização romana, que se organizavam de forma que os patrícios acumulavam riquezas como em terras no topo, e abaixo os plebeus que eram desprovidos de riquezas e ainda os escravos que eram adquiridos no processo de escravização por dividas – subordinação territorial – sendo ela importante para manutenção de todo o Império Romano, já que os patrícios se apossavam das terras, mas continuavam a viver na cidade para discussões das questões políticas. O comércio também se desenvolve não sendo tão importante quanto à aquisição de terras.
Como os plebeus não conseguiam emprego já que os escravos eram numerosos e os senhores tiveram que criar mecanismos para conter as revoltas dos escravos, se tornaram soldados bancados pelos patrícios através dos impostos. Após isso na crise, sem ter como manter os exércitos, eclodiu a revolta dos escravos e também as invasões bárbaras como fragilizador de Roma.
Surge o feudalismo como modo de produção feudal, o senhor feudal era o detentor das terras e para os servos a terra era arrendada tendo que passar para o senhor feudal tributos, tais como a corvéia em que de três a quatro dias o servo trabalhava gratuitamente para os servos; a banalização; a capacitação referente a quantidade de pessoas na família e o imposto mão-morta pago para que a família continuasse na terra mesmo com a morte do servo.
Os servos se organizaram de forma coletiva aumentando também a sua produção e em poucos séculos os servos já eram numerosos, como não havia espaço para todos foram expulsos e para sobrevivência passaram a roubar e assim estabelecer um sistema de trocas e vendas estabilizando o comércio, sendo chamados assim de burgueses.
Portanto, nos tornamos seres sociais pelos meios de vida, através do trabalho. Por isso como parte essencial na vida do homem pode-se afirmar que o trabalho nunca será extinto, pois é desta forma que ele pode se beneficiar do que produz.
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