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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

EDUCAÇÃO DO CAMPO

A educação rural ocorria de forma desordenada até que a partir de 1930 entra em crise o modelo agroexportador e a crescente instalação de indústrias no país requer uma urbanização de indústrias e os que permaneceram no campo tiveram que se adaptar a esse novo modelo de industrialização.

O processo educacional vem para contribuir na adaptação no modo de viver de acordo com a modernidade. Sendo que, todo o processo educativo acompanhou as propostas das organizações da agricultura.

No entanto, só após o período chamado de “modernização dolorosa” em que houve o êxodo rural, a pobreza e as desigualdades sociais foi que houve um despertar para a educação rural, claro que a ação da educação nesse momento seria para intervir na organização desse período.

Nesse momento a grande preocupação do ruralismo pedagógico era a de manter o homem no campo para evitar a aglomeração que já vinha se formando no meio urbano desde o fim da mão-de-obra escrava em que muitos migraram do campo para as cidades, essa iniciativa atendia também aos interesses de alguns grupos das elites que a todo custo queriam evitar os problemas sociais que havia ocorrido com o êxodo rural.

O Brasil conveniado aos EUA programou vários encontros, debates e palestras no âmbito da escola. Criou-se a CBAR com o objetivo de implementação de projetos educacionais na zona rural e o desenvolvimento das comunidades campestres.

Depois desencadeou em vários processos, programas e etc:

• Surgimento do Programa de Extensão Rural com o objetivo de combater a subnutrição, a carência e às doenças.
• Criação da Campanha Nacional de Educação Rural (centrado numa ideologia do desenvolvimento comunitário) e do Serviço Social Rural ambos para a preparação destinada à educação de base rural.
• Promulgação da Lei 4.024 que reafirmava a idéia de uma educação condicionada às intenções capitalistas.
• Programa “Aliança para o progresso” organizado por J. Kennedy, que visava acordos assistenciais e financeiros para países do hemisfério sul.
• Desenvolvidos também programas setoriais como a SUDENE, SUDESUL, INBRA, INDA e INCRA.

Podemos perceber com o avanço do processo de implantação das políticas de educação para o meio rural brasileiro a tendência é desmistificar que a educação no campo é sinal de atraso ou que o profissional esteja cumprindo um castigo. A educação do campo deve ter por merecimento como qualquer outra modalidade de ensino o seu devido valor: uma boa infra-estrutura, qualificação dos docentes, currículo e calendário de acordo com a realidade do campo e, sobretudo mudanças do conceito de que a escola urbana seja melhor que a rural.

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