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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS MATEMÁTICAS


INTRODUÇÃO

As crianças desde o nascimento estão imersas em um universo do qual os conhecimentos matemáticos são parte integrante do seu cotidiano. Pois, eles participam de uma série de situações, que alem de desenvolver atitudes de um cidadão, possibilita ao aluno, compreender o mundo que está a sua volta. Portanto, o conhecimento lógico matemático tem fonte interna, se encontra no próprio sujeito, pois é construído através da coordenação das relações que ele estabelece entre os objetos sendo, uma construção feita pela mente por meio da abstração reflexiva.

Como envolver números, relações entre quantidades, noções sobre espaço, utilizando recursos próprios e pouco convencionais, elas recorrem a contagem e operações para resolver problemas cotidianos, conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o dinheiro da mesada. Permitindo assim, que a criança assuma um caráter coletivo através dos jogos e brincadeiras, estruturando as relações, estabelecendo ricas experiências aprendendo a esperar sua vez, acostumando-se a lidar com as regras, conscientizando que ela pode perder ou ganhar.

Dessa forma as crianças poderão tomar decisões, agindo como produtores de conhecimento e não apenas executores de instruções. Portanto, o trabalho com a matemática e os jogos pode contribuir para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver os problemas que irão surgir no dia-a-dia.

EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA
Ao trabalhar a matemática critica o professor tem condições de mostrar ao educando que a matemática vai além dos números, e que é uma ferramenta importantíssima na busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Uma reflexão sobre a questão apresentada corresponde a uma busca por um ensino de matemática que não só desenvolva nos cidadãos a capacidade de interpretar como a matemática pode influenciar na nossa visão de mundo, mas também que possibilite aos alunos compreender a matemática que se encontra a sua volta. Sendo assim, seria desenvolver maneiras para a educação matemática como meio de criar condições que favoreçam certas formas de aprendizagem como parte integrante das práticas sociais. Levando em consideração o meio social de cada aluno, as dificuldades no qual vivenciam e a má distribuição de renda.

ETNOMATEMÁTICA
Essa tendência parece romper com tudo que o capitalismo vem impregnando na sociedade, uma vez que a matemática exercida nesse âmbito está de acordo com a identidade de cada grupo cultural.
Há de se pensar numa forma da matemática ser ensinada para que colabore também para a emancipação humana do aluno, haja vista que para ele a aprendizagem é mais significativa quando é colocada dentro da sua realidade, como nos exemplos citados no texto.
Conforme coloca Piaget, é preciso curvar-se ante tais necessidades se o que pretende para o futuro é ter indivíduos capazes de produzir ou de criar e não apenas repetir e buscar contribuir para que os grupos culturais consigam uma maior conscientização político e social e assim a matemática possa colaborar para a autonomia do grupo.

INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Visa o uso de recursos tecnológicos como o computador e a calculadora nas aulas de matemática. Em que tal tecnologia trará implicações para a relação professor-aluno, pois será configurado um novo contexto para sala de aula, em que o professor terá que mediar o conhecimento matemático utilizando estes recursos que já estão presentes no dia-a-dia de alguns alunos. Assim sendo, tem-se a possibilidade da prática educativa enfatizar a realidade do aluno.

ESCRITA NA MATEMÁTICA
Tal tendência tem como objetivo superar o paradigma de quem gosta de matemática não precisa saber escrever, ou seja, seria uma forma de valorizar a escrita nas aulas de matemática, uma vez que ela faz parte do processo de ensino-aprendizagem. Sendo a produção escrita é um meio de observar o que a criança aprende sobre o conteúdo desenvolvido na aula.

MODELAGEM MATEMATICA
Como o próprio nome sugere “modelagem” representar por meio de um modelo, aqui modelagem matemática é a arte de expressar, por intermédio da linguagem matemática, situações-problemas reais, considerando o aluno com déficit em matemática e, considerando o mesmo aluno que, convive com pai e mãe, X irmãos Y tios, primos, e vizinhos, são situações reais em que podem ser transformadas em números matemáticos e proporcionar aprendizado, é o ato de transformar o abstrato em concreto.

LITERATURA E MATEMÁTICA
Essa tendência matemática é uma forma interessante de ensinar, diferente da forma tradicional do ensino da matemática onde, o aluno aprende de forma desarticulada e fragmentada da realidade do aluno. O aluno tem o direito a aprender, mas um aprender de forma significativa, onde o ele participe raciocinando e compreendendo e refletindo as diversas situações problemas. A literatura viria ser uma metodologia diferente que propiciaria a interdisciplinaridade, um dialogo entre diferentes áreas de conhecimento desenvolvendo tanto o lado cognitivo quanto o social dos alunos.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Na verdade trata-se de uma metodologia de ensino da matemática, uma forma de dividir o todo em partes para que se tornem mais simples e visível aos olhos do aluno. É comum certo pânico diante de um grande problema, mas quando a metodologia adotada pelo professor possibilita a percepção das partes que compõe o todo se torna muito mais fácil a compreensão do aluno. Neste caso é aconselhável partir do mais simples para o mais complexo.

HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

“História é a narrativa de fatos, datas e nomes associados à geração, à organização intelectual e social e à difusão de conhecimento – nosso caso conhecimento matemático – através das várias culturas ao longo da evolução da humanidade. Os estudos de História dependem fundamentalmente do reconhecimento de fatos, de datas e de nomes e de interpretação ligados ao objetivo de nosso interesse, isto é, do corpo de conhecimento em questão. Esse reconhecimento depende de uma definição do objeto de nosso interesse. No nosso caso específico, a História da Matemática depende do que se entende por Matemática” (D’Ambrósio, 1999, p. 100)

Atualmente há uma grande busca da contextualização da matemática para aproximá-la das experiências vividas pelos alunos. O interessante nessa tendência é que ela instiga a ação-reflexão provocando a verbalização das descobertas. Nesse caso é necessário frisar a maneira de como o professor conduz esse processo, respeitando o grau de complexidade para cada série e buscando uma participação efetiva do aluno para construção do conhecimento.

COMPREENSÃO DE TEXTOS
Sabemos que o que na maioria das vezes os alunos não conseguem resolver os problemas em matemática porque não conseguem interpretá-los. Neste sentido essa vertente matemática surge como uma forma de superar a dificuldade as dificuldades em matemática. Pois, o aluno quando a habilidade de ler e compreender as informações do texto, também terá facilidade em se expressar de forma organizado e formular estratégias para resolver os problemas matemáticos.

JOGOS E RECREAÇÕES
Nos dias atuais os jogos e recreações têm sido muito usados nas salas de aulas como estratégias e ferramenta para o processo ensino-aprendizagem dos alunos, em especial no ensino da matemática. O uso dos jogos e recreações vem sendo discutido por vários teóricos, e os resultados obtidos através dessas estratégias tem trazido grande benefícios ao educando e também aos educadores que diante de uma disciplina que para muitos considerada como complexa pode atribuir a aprendizagem ao lazer.
Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma proposta metodológica com base cientifica para a educação matemática, podemos citar Piaget e Vygostsky. Estes autores defendem a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem. Para Piaget, a atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o que ocasiona aprendizagem. Para Vygostsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo. Sendo assim, o jogo é elemento do ensino que age como possibilitador colocando o pensamento do educando em ação. Além de que através dos jogos e recreações temos a possibilidade de abrir espaços para o lúdico nas escolas, incentivando a interação social.

CONSIDERAÇÕES

Esta análise surgiu do resultado de leituras e da necessidade de uma maior compreensão do papel da matemática no cotidiano da sala de aula, para que o professor possa ir além dos números, levando ao entendimento de uma matemática crítica, como uma ferramenta na busca de uma sociedade mais igualitária.

Diante das leituras feitas percebe-se que o objetivo da matemática é formar esses indivíduos para a sociedade, já que desde seu nascimento elas estão imersas em um universo na qual os conhecimentos matemáticos são parte integrante do seu dia-a-dia. Assim, os escritos discutem também que o professor usando esta ferramenta, poderá levar este sujeito a contribuir para o desenvolvimento da mesma e de si próprio.

Dada a relevância devida a matemática, faz-se necessário uma discussão maior a respeito deste assunto, para um maior aproveitamento na sala de aula, aliado a melhoria na formação de cada sujeito como produtor de conhecimento e não apenas como executores de instruções.














REFERÊNCIAS

D’Ambrósio. A História da Matemática: questões historiográficas e políticas e reflexos na Educação Matemática. In BICUDO, M. A. V. (Org.). Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999.

PIAGET, J. A psicologia da inteligência. Lisboa: Fundo de Cultura, 1971.

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