No tópico “Aprender e ensinar história no Ensino Fundamental” aborda que o ensino e aprendizagem de História depende da relação entre o saber histórico e o saber histórico escolar. Mas antes faz-se uma distinção entre ambos para que possa entender a complexidade do ensino de história na sala de aula
Saber histórico: é um campo de pesquisa e produção de conhecimento do domínio de especialistas.
Saber Histórico Escolar: é o conhecimento produzido no espaço escolar.
A escola para promover o saber histórico escolar necessita do saber histórico, ou seja, a relação ente eles vai dizer qual a concepção Histográfica que compreende uma dada instituição. Entretanto pode haver casos em que o saber histórico escolar promovido não atende aos objetivos educacionais da escola especificado para o componente curricular.
A partir desta idéia iremos analisar um livro didático de história que é usado em algumas escolas públicas com o que é proposto pelos PCNs, isto é, por meio do sujeito histórico, fato histórico vamos identificar qual a concepção que norteia o livro e qual é a proposta orientadora do PCN de história para o Ensino Fundamental. Então, a análise dos aspectos solicitados pela professora será apresentada nos seguintes tópicos:
· Observando o conteúdo do livro didático pode-se perceber que há uma coerência entre os objetivos proposto no PCN, embora a abordagem seja feita de forma superficial. O que requer uma mediação do professor para com aluno mediante a problematização.
· A estruturação dos conteúdos no livro foram organizados de forma linear, o professor para usar o referido material deve seguir a correlação existente entre os conteúdos.
· Não há coerência entre os objetivos, conteúdos e atividades, uma vez que apesar de no texto não tratar das vivências, nas atividades pedem exemplos de vivências, demonstrando assim uma grande incoerência.
· Em meio as diversas linguagens observadas que na escrita segue ao padrão universal e as iconografias (desenhos, fotografias, letras de música) apresenta os sujeitos históricos, militares, movimentos populares de como dois polos isolados.
· Apresenta os conceitos superficiais e tem-se a falta de inter-relação com outras áreas do conhecimento como, por exemplo, a geografia uma vez que teria uma grande contribuição na discussão da economia de diferentes países, poder entre outros.
· Não foi possível perceber a passagem do senso-comum ao cientifico, embora haja uma idéia de alienação a começar pelo título “Entre duas Ditaduras”, pois nele credita não só aos militares a revolução da década de 60 mas também aos jovens, colocando estes como grandes causadores de bagunça, guerra e rebeldia e isentando as ações dos militares no golpe como torturas, prisões, mortes, censuras, entre outros.
· O conteúdo apresenta vagamente o aspecto político-institucional, uma vez que o fato histórico parece estar externo ao governo político instaurado.
· De acordo com as observações, o livro não proporciona nenhuma forma de trabalho interdisciplinar ou coletivo no espaço escolar, e nem o registro das experiências vivenciadas em sala de aula.
· As atividades e os projetos do livro são restritos ao conteúdo do livro, impossibilitando outras fontes de conteúdos.
· Entendemos que a concepção historiográfica apresentada no livro caracteriza como positivista, não possibilitando muita reflexão para os alunos. Uma vez que as atividades não permitem que o aluno em si, veja como sujeito do processo de aprendizagem e o conteúdo distorce a concepção de sujeito histórico, quando omite o papel dos jovens na intervenção do seu processo histórico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais : história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.
PROJETO PINTAGUÁ: história / organizadora Editora Moderna. 1 ed. – São Paulo: Moderna, 2005.
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