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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

INTRODUÇÃO


Os temas que serão trabalhados nesse texto são de grande relevância, uma vez que vão tratar da aprendizagem e as dificuldades de aprendizagem. No primeiro estaremos fazendo um breve esboço sobre a aprendizagem, na qual é concebida como um processo de acomodação e assimilação em que os educandos modificam as suas estruturas cognitivas internas nas suas experiências pessoais. Nesse sentido, os alunos são encarados como participantes, aprendendo de uma forma que depende do seu estado cognitivo concreto. Os conhecimentos prévios, as expectativas, o interesse e os ritmos de aprendizagem são levados em conta nesta aprendizagem, que é conhecida como um processo de revisão e reorganização dos esquemas de conhecimento inicial dos alunos e da construção de outros novos. E o professor considerado como o mediador, cabendo a ele estimular o aluno proporcionando um ambiente de aprendizagem a fim de facilitar essa aprendizagem.

Se tratando das dificuldades de aprendizagem, estaremos trazendo algumas contribuições sobre a dislexia, disgrafia, discalculia, disortografia, dislalia.  As dificuldades de aprendizagem é um estudo abrangente que necessita de pesquisa, estudo interdisciplinar envolvendo os diferentes especialistas e profissionais da saúde e educação, tornando-se um desafio não só para família, mas também para os profissionais da educação e estudioso do tema.


1. APRENDIZAGEM

Todo sujeito tem a sua modalidade de aprendizagem e os seus meios de construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o próprio saber. E processo inicia-se desde o nascimento e constitui-se em molde ou esquema, sendo fruto de nosso inconsciente simbólico.
Para Sara Paín, a aprendizagem é resultado da articulação de fatores internos e externos do próprio sujeito, do organismo, do desejo de aprender, das estruturas cognitivas e do comportamento em geral.

2. DISTÚRBIOS / DIFICULDADES / TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

“A expressão ‘distúrbio de aprendizagem, ’ que vem a ser conceitualmente uma disfunção cerebral mínima, tem como manifestações alterações no comportamento ou na cognição, instabilidade de humor, agressividade, hiperatividade e outros; porém, qualquer uma dessas manifestações, apesar de não ser bem definida, qualquer um dos sinais tem sido suficiente para considerá-la uma disfunção. Dessa forma, qualquer que apresente dificuldades enquadra-se nesse diagnóstico.” (LAURENTI, 2004, p.38)

Dificuldades de aprendizagem é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático. Tais desordens, consideradas intrínsecas ao indivíduo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção do sistema nervoso central, podem ocorrer durante toda a vida. Problemas na auto-regulação do comportamento, na percepção social e na interação social podem existir com as dificuldades de aprendizagem. Apesar de as dificuldades de aprendizagem ocorrerem com outras deficiências (por exemplo, deficiência sensorial, deficiência mental, distúrbios socioemocionais) ou com influências extrínsecas (por exemplo, diferenças culturais, insuficiente ou inapropriada instrução etc.), elas não são o resultado dessas condições. (FONSECA, 1995, p. 71)

Inabilidade específica como de leitura, escrita, matemática entre outros fatores. Em indivíduos que apresentam resultados significamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual. (PORTO, 2997, p.63)

3. DISLEXIA

O que é?
 A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso. Outra característica é a confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u. 

A dislexia não tem relação direta com a inteligência, um aluno com dislexia pode ser tão inteligente ou até mais que o aluno normal. A dificuldade do dislexo refere à aprendizagem da leitura e da escrita.

O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas. E neste sentido, é preciso ter cuidado ao avaliar um aluno com dislexia para não confundi-lo com o preguiçoso ou o mal disciplinado.

Sinais da dislexia

Dificuldade na leitura, escrita e na compreensão de textos.

Tratamento
Não há caso de cura da dislexia, mas tratamento, o aluno com este distúrbio deve ser acompanhado por três especialistas, a saber, (o pedagogo, o fonoaudiólogo e o psicólogo). Lembrem-se quanto mais cedo for diagnosticado mais eficiente será o tratamento, e, embora com um grau maior de dificuldade o dislexo também aprende.

4. HIPERLEXIA
É uma condição de desenvolvimento relacionada ao autismo.

·    CARACTERÍSTICAS:
Leitura compulsiva
Apego à rotina
Alheamento à realidade

·    TRATAMENTO:
Desenvolver sua capacidade de leitura;
Psicólogos, médicos, fonoaudiólogos.

5. DISGRAFIA
É uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores, ou seja, todo movimento voluntário envolve um elemento de consciência perceptiva que resulta de um tipo de estímulo sensorial.

Podemos encontrar três tipos de disgrafia:

·    Motora (discaligrafia): A criança consegue falar e ler, mais encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever.
·    Perceptiva: Não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases.
·    Disgrafia pura: é aquela que atinge a criança depois de algum trauma emocional.

Alguns tipos de letras podem indicar possíveis conflitos emocionais da criança:

·        Letra pequena demais pode indicar timidez;
·        Letras grandes demais podem indicar uma criança que necessita estar sempre no centro das atenções;
·        Letras feitas com muita força que chegam a marcar as outras páginas do caderno, podem indicar que a criança está tensa.

Às vezes a criança chama atenção através da letra. O professor deve estar atento pra identificar a causa da não aprendizagem e pedir ajuda quando esta se fizer necessário.

A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações:

·        Traços pouco precisos e incontrolados;
·        Letras retocadas e “feias”;
·        O espaço entre as linhas, palavras e letras são irregulares. Há uma desorganização do espaço ocupado na folha e pode-se referir a problemas de orientação espacial;
·        Falta de pressão com debilidade de traços;
·        Traços demasiado fortes que vinquem o papel que pode causar cansaço e lentidão na hora da escrita;
·        Devido à letra ilegível há uma dificuldade de entendimento na hora da leitura por parte dos alunos e professores;
·        Grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho;
·        A escrita desorganizada que pode referir não só as irregularidades e a falta de ritmos dos signos, mas também a globalidade do conjunto escrito;
·        Realização incorreta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação espacial, etc.

Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de:
·        Coordenação visio-motora para que se possam realizar movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras;
·        Linguagem para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da escrita;
·        Da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra da palavra, das palavras na linha e no conjunto da folha de papel, assim como o sentido direcional de cada grafismo e da escrita em geral.

Tratamento

O tratamento requer uma estimulação lingüística global é um atendimento individualizado complementar a escola.

·    Os pais e professores devem evitar repreender a criança;
·    Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista;
·    Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral;
·    Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

O tratamento deve feito através de uma equipe interdisciplinar (psicopedagogos, fonoaudiólogo, psicólogos, neurologistas, etc.). De acordo com alguns profissionais, a criança que tem disgrafia deve brincar com massinha de modelar, argila e pintura. Todos os exercícios que trabalham com as mãos são bons. Além dessas atividades também destaca a importância dos esportes, segundo eles ajudam muito porque trabalham a orientação espacial e a coordenação motora da criança, jogar vôlei, peteca e xadrez podem trazer grandes benefícios para a melhoria da letra, aprendendo a planejar os movimentos.

6. Disortografia
A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra, mas não o seu traçado ou grafia.
A disortografia é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais, confusão nos artículos e pequenas palavras, e em formas mais banais na troca de plurais, falta de acentos ou erros de ortografia em palavras correntes ou na correspondência incorreta entre o som e o símbolo escrito, (omissões, adições, substituições, etc.).
Sinais indicadores:

Substituição de letras semelhantes.

·    Omissões e adições, inversões e rotações.
·    Uniões e separações.
·    Omissão - adição de “h“.
·    Escrita de “n“ em vez de “m“ antes de “p“ ou “b“.
·    Substituição de “r“ por “rr“.

Problemas associados/ Perceptivos:

·    Deficiência na percepção e na memória visual auditiva
·    Deficiência a nível espaço-temporal (correta orientação das letras), discriminação de grafemas com traços semelhantes e adequado acompanhamento da seqüencia e ritmo da cadeia falada.

Lingüístico:

·    Problemas de linguagem – dificuldades na articulação
·    Deficiente conhecimento e utilização do vocabulário
·    Afetivo-emocional:
·    Baixo nível de motivação

Pedagógicas:

·    Método de ensino não adequado, (utiliza frequentemente o ditado, não se ajusta a necessidades diferenciais e individuais dos alunos, não respeitando o ritmo de aprendizagem do sujeito.

Sinais característicos apresentados pela criança com disortografia:

  • Não tem vontade de escrever;
  • Quando tem que escrever, fica ansiosa e com medo de errar;
  • Não entende por que não consegue acertar;
  • Compara-se com outras crianças da classe;
  • Conseqüente baixa auto-estima.


Ações e atitudes adequadas do professor e dos pais para melhorar o desempenho da criança disortográfica (disléxica ou não).

·         Encorajar as tentativas de escrita da criança, mostrar interesse pelos trabalhos escritos e elogiá-la.
·         Incitar a criança a elaborar os seus próprios postais e convites, a escrever o seu diário no final do dia como rotina.
·         Chamar a atenção da criança para as situações diárias em que é necessária a utilização da escrita.
·         Incite a criança a ajudá-la na elaboração de uma carta.
·         Não valorize demasiado o erro ortográfico da criança uma vez que estes já são motivo de repreensão e frustração demasiadas vezes.
·         Não corrija simplesmente os seus erros, mas tente antes procurar a solução com a criança (ex.: "qual a outra letra que podemos usar para fazer esse som?").
·         Recorra a livros de atividades que existem no mercado que permitem à criança trabalhar os vários casos de ortografia.
·         Não sobrecarregue, contudo, a criança com trabalhos e fichas que a cansem demasiado e a levem a ver as atividades acadêmicas como desagradáveis.

7. DISLALIA
O que é dislalia?
Do grego dys + lalia = distúrbio articulatório. É um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo, acrescentando, trocando ou ainda distorcendo os fonemas.
Principais características da Dislalia
As pessoas que tem dislalia apresentam as seguintes características:
Omissão – não pronuncia alguns sons – “Omei ao ola”(Tomei coca-cola).
Substituição – troca alguns sons pôr outros – “Telida mamãe” (Querida mamãe).
Acréscimo – Acrescenta mais um som – “Oceano Atelântico” (Oceano Atlântico).
Rotacismo – substitui o r pela letra L – “tleis” (Três).
Gamacismo – omite ou substitui os fonemas k e g pelas letras d e t – “tadeira” (cadeira), “dato” (gato).
Lambdacismo – pronuncia a letra L de maneira defeituosa – “palanta” (planta), “confilito” (conflito).
Sigmatismo – usa de forma errada ou tem dificuldade em pronunciar as letras s e z (às vezes não consegue nem soprar ou assobiar).
Tipos de dislalia e suas possíveis causas

DISLALIA FUNCIONAL - Ponto e modo de articulação do fonema incorretos, Pode ser oriunda de perturbações de imitação (convivência com pessoas que apresentam esse problema, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”),  ou alterações emocionais (ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais) ou fatores hereditários (pais que usa dois idiomas);
DISLALIA ORGÂNICA - Dificuldade para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Que ocorre devido alteração física, resultante da malformação ou de alterações de inervação da língua (freio da língua curto e língua de tamanho acima do normal), da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino;
DISLALIA AUDIÓGENAS - Dificuldade na discriminação correta dos sons por causa de problemas, que vão de uma simples otite até os diversos níveis de surdez.
Outros fatores podem causar a dislalia, como: crianças que usam a chupeta ou que mamam na mamadeira por tempo prolongado, ou mesmo a
quelas que mamam pouco tempo no peito terminam por alterar as funções de mastigação, respiração e amamentação.
Quando é possível fazer o diagnostico?
Quando é notado que a criança é incapaz de pronunciar corretamente os sons vistos, como normais, segundo sua idade e desenvolvimento. É considerado como normal uma criança menor de quatro anos apresentarem erros na pronuncia, já que sua fala está em fase de maturação no desenvolvimento da linguagem.  No entanto, se os erros se mantêm depois dos quatro anos é necessário procurar um especialista. Por isso os pais têm que estar sempre atentos desde a emissão das primeiras palavras de seus filhos para que os desvios sejam detectados e sanados mais cedo. Se aos dois anos e meio a criança não é capaz de conjugar duas palavras na intenção de uma frase, mesmo que isso esteja longe da estrutura gramatical da Língua, os pais devem ficar alertas. E se aos três anos ela ainda tem dificuldade de expressar-se de maneira satisfatória e clara, e há troca de fonemas, é recomendável a avaliação de um fonoaudiólogo. Este transtorno de linguagem mais comum em meninos, é o mais conhecido e mais fácil de ser identificado.
Como é feito o tratamento da Dislalia?
       Para impedir o desenvolvimento da Dislalia é realizado importante um trabalho interdisciplinar de profissionais como: fonoaudiólogo, psicopedagogo, dentista e psicólogo que varia de acordo com a necessidade de cada criança. De modo geral o fonoaudiólogo na terapia atua diretamente na falha e dificuldade, usando, de preferência meios lúdicos para ampliar a possibilidade de utilização dos sons.
Dislalia e Ensino-aprendizagem
A dislalia também pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a fala, uma vez que as crianças em uma das fases no processo de alfabetização escrevem da forma que fala. Daí a importância de um trabalho preventivo antes da alfabetização evitando-se assim maiores dificuldades escolares.
Para cada criança, tem-se um procedimento diferente de terapia para dislalia, mas, em geral, no tratamento não se realizam somente exercícios articulatórios dos órgãos encarregados da fala (lábios, língua e bochechas), tem também a interação da criança com a linguagem, através de cantigas, jogos de rima, poesia e trava-língua que é um tipo de parlenda, aprende cantar uma ou mais estrofes de uma música conhecida e distinguir os vários sons gravados. É neste momento o pedagogo exerce grande contribuição, haja vista que o objetivo principal é que o pequeno paciente tenha a consciência fonológica e a organização vocabular. Ainda tem alguns procedimentos que o educador pode considerar:

1. Solicitar uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos periodicamente (anual);
2. Evitar que a criança seja exposta frente ao grupo, expressando-se verbalmente;
3. Trabalhar com a classe o respeito às diferenças;
4. Evitar criar constrangimentos em sala de aula ou chamar a atenção para a falha de pronúncia;
5. Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar;
6. Promover estimulação da percepção auditiva para que o aluno possa identificar e corrigir sua emissão de fonemas, sílabas, palavras e frases (aqui entra o gravador – sugestão acrescida);
7. Articular bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas;
8. Oferecer a oportunidade da criança expressar seu pensamento por meio de provas orais e escritas, a fim de favorecer a aprendizagem das duas modalidades;
9. Nas avaliações por escrito, não descontar as falhas de grafia, quando forem provenientes de sua dificuldade de pronúncia das palavras.
10.  O ato da fala é um ato motor elaborado, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.
As Razões essenciais para o estudo de tal distúrbio e o papel do professor neste processo são: Em primeiro lugar porque a fala é um indicador do desenvolvimento integral da criança e a sua aquisição interfere na aprendizagem da leitura e da escrita; em seguida, está comprovado que todo diagnóstico precoce nessa área favorece o prognóstico e permite que a ação pedagógica seja adaptada; e finalmente, porque a formação do professor e sua prática pedagógica são fatores passíveis de inovações positivas e eficazes.
Alem disso, é preciso que esteja atento na influência da mídia. Pois é muito perigoso quando se vê na televisão, principalmente em programas cômicos ou desenhos animados, personagens (o cebolinha da turma da Monica é um exemplo) que apresentam essa deficiência de troca de fonemas, a dislalia. Tais personagens acabam influenciando negativamente os pacientes, sobretudo as crianças e os adolescentes, que são mais influenciáveis por certos modismos que aparecem a todo momento.

8. DISCALCULIA
O que é Discalculia?
A discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia. 

Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia). 

É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalculos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido. 

Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalculo pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalculo necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias.

Diferentes tipos de discalculia

·    Discalculia Verbal: dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.
·    Discalculia Practognóstica: dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
·    Discalculia Léxica: dificuldade na leitura dos símbolos.
·    Discalculia Gráfica: dificuldade na escrita dos símbolos matemáticos.
·    Discalculia Ideognóstica: dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.
·    Discalculia Operacional: dificuldades na execução de operações de cálculos numéricos.

O que ocorre com crianças que NÃO são tratadas precocemente?

·    Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global;
·    O aluno fica inseguro e com medo de novas situações;
·    Baixa auto-estima devido a críticas e punições de pais e colegas.
·    Ao crescer o adolescente/adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a matemática no seu cotidiano.

Quem pode ajudar?

O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento.
Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas.
Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.

CONLUSÃO
Os alunos com dificuldades de aprendizagem podem exigir um acompanhamento variado. Sendo assim, as escolas precisam fornecer às pessoas com dificuldades de aprendizagem uma educação apropriada incluindo bons sistemas escolares, bons profissionais que se dediquem ao diagnostico cuidadoso e ao atendimento de qualidade.
Essas crianças não devem ser classificadas como deficientes, elas apenas tem um forma diferente de aprender afirma Fonseca (1995),
 A criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser “classificada” como deficiente. Trata-se de uma criança normal que aprende de uma forma diferente, a qual apresenta uma discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. Não pertence a nenhuma categoria de deficiência, não sendo sequer uma deficiência mental, pois possui um potencial cognitivo que não é realizado em termos de aproveitamento educacional.
Considerando-se as diversas causas que podem interferir no processo ensino-aprendizagem, investigar o ambiente no qual a criança vive e a metodologia abordada nas escolas é importante antes de se traçar o enfoque terapêutico, uma vez que a criança pode não apresentar o distúrbio de aprendizagem, mas apenas não se adaptar ou não conseguir aprender com determinada metodologia utilizada pelo professor, como também a carência de estímulos no ambiente familiar.





REFERÊNCIAS
BOSSA, Nádia A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá-las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
FONSECA, V. da. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995

FORTE, Lilian Kotujansky. Dislalia. Disponível em: http://www.fonologica.com.br/blog/tag/dislalia/. Acessado no dia 15/08/2011.
GARCIA, Jesus Nicácio. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Houbert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.


REIS. Luciana. Dislalia. Disponível em: http://www.centrodefonoaudiologia.com/dislalia/. Acessado no dia 15/08/2011
ZEVALLOS, Pablo. Dislalia Infantil. Disponível em: http://br.guiainfantil.com/dislalia.html. Acessado no dia 15/08/2011.
WAJNTRAUB, Simon. Método do Instituto de Oratória e Fonoaudiologia Simon Wajtraub para Tratamento da Dislalia. Disponível em: http://www.boasfalas.com.br/dislalia-troca-de-letras/. Acessado no dia 15/08/2011.

WAJNTRAUB, Laila. Dislalia (troca de letras). Disponível em: http://www.clubedafala.com.br/dislalia.html. Acessado no dia 15/08/2011.












 TRABALHO DESENVOLVIDO EM GRUPO:
ELLEN PIMENTA
GENEVALDO DAMACENA
GLEIDE CRISTINA
GORETTI SILOTI
IZABEL FERREIRA
MAÍNE PESSOA
MILA CORREIA























ANEXOS
·    DISGRAFIA
·    JOGOS

JOGO DOS CANUDINHOS (2 a 4 jogadores)
Objetivo: Relacionar número à quantidade e direcionar quantidades maiores/menores, multiplicação.
Material necessário: 2 dados, 20 canudinhos

TRABALHANDO O SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL (2 A 4 jogadores)
Objetivo: Formar números e refletir sobre o valor posicional dos algarismos.

JOGO DO TAPA (dupla)
Objetivo: Trabalhar a percepção, agilidade de raciocínio, identificar os numerais até 10.

JOGO DA MEMÓRIA RÁPIDA (crianças em círculo)
Objetivos: Desenvolver habilidade de caçulo mental.

TANGRAM
Objetivo: Exercitar a inteligência, imaginação e conhecimento geométrico.

JOGO DO DOMINÓ
Objetivo: Desenvolver a percepção do sistema de numeração e estimular a associabilidade, a noção de seqüência e a contagem.


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