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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE ALGUMAS SÍNDROMES E DEFICIÊNCIAS

INTRODUÇÃO

Inicialmente faz-se necessário destacar que a educação especial é uma modalidade de ensino destinada a educandos deficientes e a sua oferta é um dever constitucional do Estado, em que as capacidades dos educandos devem ser respeitadas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (2006) determina que deve ser assegurado aos educandos deficientes:

I. currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II. terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
III. professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV. educação especial para o trabalho, visando à sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgão oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V. acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. (art. 59)


Uma vez que conhecer essa modalidade de ensino é inerente ao nosso processo de formação como futuros pedagogos, a seguir destacamos algumas das principais deficiências e/ou síndromes, que possivelmente poderemos encontrar em nosso percurso profissional.


AUTISMO

DEFINIÇÃO

Caracterizada por déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse

SINTOMAS

·    Respostas anormais a estímulos auditivos e visuais
·    Dificuldade de compreensão da linguagem falada.
·    A fala demora a aparecer e, quando isto ocorre, nota-se ecolalia
·    Uso inadequado dos pronomes
·    Estrutura gramatical imatura
·    Inabilidade em usar termos abstratos.
·    Dificuldade de desenvolver contato olho a olho
·    Dificuldade de desenvolver ligação social e jogos em grupo.
·    Comportamento agregado a rotinas
·    Resistência a mudanças
·    Ligação a objetos estranhos
·    Forma de brincar estereotipado
·    A inteligência varia de subnormal, normal e acima do normal
·    Dificuldade em estabelecer relações produtivas com o mundo e com os outros
·    Medo
·    Fobias
·    Perturbações de sono e de alimentação
·    Risos e gargalhadas inadequadas
·    Crises de choro ou extrema angústia
·    Habilidades motoras fina e grossa desniveladas
·    Hiperatividade física marcante ou extrema passividade
·    Crises de agressão ou auto-lesão

É importante salientar que nem todas as crianças autistas apresentam todos estes sintomas, alem disso os sintomas ocorrem em intensidade diferentes, principalmente na primeira infância da criança com autismo.

DIAGNÓSTICO

De acordo com Orrú (2007, p. 26), ainda hoje são encontradas muitas dificuldades para o diagnóstico preciso do autismo. Uma vez que por ainda não existirem exames específicos para o autismo, o diagnóstico do autismo é clínico e feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Logo, alguns exames, tais como, cariótipo, teste do pezinho, sorologias para sífilis, rubéola e toxoplasmose, audiometria e testes neuropsicológicos são necessários para investigar as causas e outras doenças associadas.

Atualmente utilizam-se os critérios de avaliação que se encontram no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (4º Ed. texto revisado).

TRATAMENTO

·    Intervenções psicoeducacionais
·    Orientação familiar
·    Desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação
·    O uso medicamento é indicado quando existe alguma comorbilidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no cotidiano. Mas vale ressaltar que até o momento  não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. Possíveis medicamentos destinados a redução de sintomas-alvo: agitação, agressividade e irritabilidade. São utilizados os neurolépticos, a combinação vitamina B6-magnésio, fenfluramina, carbamazepina, ácido valpróico e lítio, visandose.


Dentre alguns profissionais que podem ser necessários podemos citar: psiquiatra, psicólogo, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e educador físico. Os métodos de intervenção mais conhecidos e mais utilizados para promover o desenvolvido da pessoa com autismo e que possuem comprovação científica de eficácia são:

TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children) é um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa à independência e ao aprendizado.

PECS (Picture Exchange Communication System) é um método que se utiliza figuras e adesivos para facilitar  a comunicação e compreensão ao estabelecer uma associação entre a atividade/símbolo .

ABA (Applied Behavior Analysis) ou seja, analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis  e desenvolver habilidades.


Síndrome de Möebius

DEFINIÇÃO

A síndrome de Moebius é uma desordem neurológica complexa, cuja principal característica é a paralisia congênita do nervo facial, que pode também ser acompanhada da paralisia de outros nervos cranianos, de malformações límbicas e de estruturas orofaciais. A principal característica clínica da síndrome é a “fácie de máscara”, ou seja, a ausência de expressão facial em situações de tristeza ou alegria. As malformações límbicas mais freqüentes são as hipoplasias dos dedos em graus variáveis, chegando às vezes à adactilia e o pé torto equinovaro. Os portadores da síndrome de Moebius podem ainda apresentar alterações na língua, microstomia, micrognatia e estrabismo convergente.

SINTOMA
O diagnóstico da síndrome de Moebius é dificultado, uma vez que sua definição não é muito clara. O critério essencial para o diagnóstico é a paralisia parcial ou completa do nervo facial, que produz uma aparência facial pouco expressiva (fácie de máscara), sendo as malformações límbicas e orofaciais outros sinais freqüentemente presentes. A síndrome pode vir ainda acompanhada de paralisia uni ou bilateral de outros nervos cranianos, principalmente do abducente e, mais raramente, do oculomotor, troclear, glossofaríngeo, vago e do hipoglosso, determinando distúrbios de sensibilidade nas regiões inervadas pelo trigêmeo, disfagia, disfonia e paralisia do músculo reto lateral, verificados em diferentes combinações.
(Fujita et al.1991, Kumar1990, Slee et al.1991)

DIAGNÓSTICO

·    Fácies peculiar
·    Estenose aórtica supravalvular
·    Déficit de crescimento
·    Retardo mental
·    Hipercalcemia

TRATAMENTO

·    Deve favorece as diferentes necessidades físicas, cognitivas, sociais e emocionais dos pacientes.
·    Quando há hipercalcemia alguns autores recomendam a eliminação da vitamina D da dieta e
·    diminuição da ingestão de cálcio.
·    Cirurgia cardíaca se necessário.
·    Necessidade de uma equipe multiprofissional especializada, por se tratar manifestações múltiplas.
·    Caso haja necessidade o paciente precisará correção cirúrgica ortopédica (para os pés tortos) e oftalmológica (para estrabismo). Também são necessárias cirurgias para correção da polidactilia e sindactilia.
·    Se houver alteração neurológica, necessitarão de cuidados medicamentosos por parte do neurologista.
·    Quando bebês, enquanto não houver condições de alimentação por via oral, deverão ser alimentados por sondas e receber estimulação intra-oral, esta última realizada por fonoaudiólogo.
·    Será este último profissional que lidará com a alimentação, fala, linguagem e cuidados para com a expressão corporal favorecendo a ausência da mímica facial.

Síndrome de Willians

DEFINIÇÃO

A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é uma mutação do gene que regula a produção de elastina, que dá elasticidade aos vasos sangüíneos, pulmões, intestinos e à pele. Como conseqüências surgem problemas cardiovasculares, neurológicos, renais e odontológicos, podendo afetar também a fala.

SINTOMAS

·    Dificuldade de alimentação no primeiro ano de vida
·    Face característica (nariz pequeno e empinado, cabelo encaracolado, lábios grandes, dentes pequenos)
·    Problemas cardiovasculares e pulmonares
·    Dificuldade de locomoção e equilíbrio
·    Atraso psicomotor
·    Dificuldade de aprendizagem
·    Déficit de atenção
·    Memória excepcional para nomes de pessoas e de locais
·    Grande sociabilidade

DIAGNÓSTICO

Realizado por meio da técnica conhecida como FISH (Fluorescent In Situ Hybridization), um exame do DNA, detecta a falta de proteína elastina no cromosso #7 em 95 a 98% dos indivíduos com Síndrome de Williams

TRATAMENTO

É paliativo, ou seja, busca aliviar alguns dos sintomas, principalmente aqueles que comprometem o bom funcionamento do organismo.
TOXOPLASMOSE

DEFINIÇÃO

Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita.

A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados em especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas.

A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra.

SINTOMAS

·    Febre;
·    Manchas pelo corpo;
·    Cansaço;
·    Dores no corpo;
·    Linfadenopatia, ou seja, ínguas espalhadas pelo corpo;
·    Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira;
·    Lesões na retina.

DIAGNÓSTICO

Baseado na sorologia através de pesquisa de anticorpos de diferentes classes de imunoglobulinas (IgG, IgM, IgA e IgE) anti-T. gondii. E exames laboratoriais facilitam o diagnóstico da doença, como a Avidez de IgG, o PCR e o Elisa. O PCR no humor aquoso, vítreo e sangue periférico passaram a ser importantes nos últimos anos.


TRATAMENTO
São utilizadas drogas, como o Rifabutin, a Claritromicina, o Atovaquone e a Azitromicina, que apresentam menor toxicidade do que a Sulfadiazina e a Pirimetamina.

EPILEPSIA

DEFINIÇÃO

Segundo os autores SOUZA; GUERREIRO; GUERREIRO (2000), crises epilépticas são eventos clínicos, os quais refletem a disfunção temporária de pequena parte do cérebro (crises focais) ou envolvem os dois hemisférios cerebrais (crises generalizadas) e que ocorrem em razão de descarga anormal, excessiva e transitória das células nervosas, seus sintomas dependendo das partes do cérebro envolvidas na disfunção.

SINTOMAS

·    Distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo.
·    Medo repentino
·    Desconforto no estômago
·    Ver ou ouvir de maneira diferente
·    Perda de consciência
·    Confusão e déficits de memória
·    Corpo rígido
·    Tremor e contração nas extremidades do corpo
·    Prejuízo nas funções cerebrais

DIAGNÓSTICO

Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico e observação do histórico clínico do paciente.

TRATAMENTO

·    Drogas antiepilépticas, como por exemplo, o Gardenal
·    Dieta especial, hipercalórica, rica em lipídios
·    Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.

OLIGOFRENIA

DEFINIÇÃO

Deficiência ou Retardo Mental sua característica fundamental é um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, autocuidados, vida doméstica, habilidades sociais/interpessoais, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança. O início deve ocorrer antes dos 18 anos. O Retardo Mental possui muitas causas diferentes que afetam o funcionamento do sistema nervoso central.

SINTOMAS

·    Atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor (a criança demora para firmar a cabeça, sentar, andar, falar ).
·    Dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar).

DIAGNÓSTICO

·    Exames físico e neurológico, com perímetro cefálico e pesquisa de características dismórficas
·    Heredograma abrangendo três gerações
·    Revisão dos resultados do teste do pezinho
·    Avaliação para autismo
·    Hemograma completo, níveis séricos de eletrólitos, ferro, cálcio, magnésio, fósforo e fosfatase alcalina
·    Triagem das deficiências auditiva e visual
·    Exame de neuroimagem (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética com espectroscopia de prótons)
·    Níveis séricos de homocisteína e amônia
·    Exames endócrinos (por exemplo, provas de função tireóidea)
·    Testes para TORCH, se pertinentes
·    Cariótipo
·    Pesquisa do X frágil, se pertinente
·    Parecer oftalmológico
·    Testes neuropsicológicos, incluindo o QI.
·    Gasometria arterial
·    Aprofundar pesquisa metabólica (por exemplo, aminoácidos e ácidos orgânicos urinários, lactato e piruvato no soro e no líquido cefalorraquidiano)
·    Nível sangüíneo de chumbo
·    Nível sérico de creatinoquinase
·    Pareceres da genética e neuropediatria
·    Eletroencefalograma, se houver epilepsia
·    Biópsias e exame histopatológico de órgãos acometidos
·    Técnica FISH. para microdeleções específicas
·    Estudos cromossômicos subteloméricos
·    Nível sérico materno de fenilalanina, se a criança tiver microcefalia
·    Sondas de DNA para mutações específicas (por exemplo,
·    MECP2.)
·    Espectroscopia por ressonância magnética

TRATAMENTO

A Oligofrenia não tem cura, entretanto não impede que o médico faça um grande trabalho, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes acometidos, indicando programas de estimulação, tratando os distúrbios associados.

Em certos casos, é recomendável a associação à psicoterapia individual, terapia familiar ou social.

CORNELIA DE LANGE

DEFINIÇÃO

Caracterizada por retardo do crescimento, retardo mental severo, baixa estatura um choro tipo rosnar baixo, braquicefalia, orelhas pequenas, pescoço em cadeia, boca de carpa, ponte nasal diminuída, sobrancelhas atrofiadas se encontrando no meio, hirsutismo e malformações das mãos. Esta condição pode ocorrer esporadicamente ou estar associada com um padrão de herança autossômica dominante ou duplicação do braço longo do cromossomo 3.

SINTOMAS

·    Microcefalia
·    Características faciais particulares
·    Sobrancelhas unidas
·    Pestanas longas
·    Nariz pequeno
·    Cara redonda
·    Lábios finos e ligeiramente invertidos.
·    Mãos e pés pequenos
·    Atraso de linguagem
·    Deficiência mental
·    Anomalias cardíacas e intestinais
·    Refluxos gastresofágico
·    Problemas visuais e auditivos
·    Dificuldades de alimentação
·    Falta de sensibilidade à dor ou sensibilidade táctil mais acentuada.

DIAGNÓSTICO

A doença só pode ser identificada após o nascimento, haja vista que não há um exame pré-natal que permita detectar prematuramente a síndrome.

TRATAMENTO

·    Sumária de urina para o despiste de infecções urinárias
·    Cuidados de saúde oral adequados para a detecção e correção de anomalias dentárias
·    Cuidados terapêuticos ocupacionais ou físicos para minimizar as alterações articulares.
·    Devem ser sujeitos a avaliações regulares da audição e da visão.


HIPERATIVIDADE

DEFINIÇÃO

Segundo A. Topczewski (1999, p. 21):

A hiperatividade é um desvio comportamental, caracterizado pela excessiva mudança de atitudes e de atividades, acarretando pouca consistência em cada tarefa a ser realizada. Portanto, isto incapacita o indivíduo para se manter quieto por período de tempo necessário para que se possa desenvolver as atividades comuns do seu dia-dia. Este padrão de comportamento se mostra incompatível com a organização do seu ambiente e com determinadas circunstâncias.

Essa desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos.

SINTOMAS

·    Problemas de linguagem, memória e habilidades motoras
·    Inteligência normal ou acima da média
·    Problemas de aprendizado e comportamento
·    Falta de atenção
·    Impulsividade
·    Instabilidade emocional
·    Perda da visão ou audição
·    Problema de comunicação
·    Incapacidade de processar adequadamente os símbolos e idéias
·    Estresse emocional
·    Convulsões ou distúrbios do sono
·    Intoxicação por chumbo
·    Incapacidade de filtrar estímulos
·    Intolerância a frustrações
·    Desânimo e vergonha

DIAGNÓSTICO

Descrição precisa e objetiva do comportamento do paciente

TRATAMENTO

O metilfenidato é o medicamento mais comumente receitado para hiperatividade. É um estimulante que tem efeito paradoxal de acalmar o sistema nervoso e aumentar a capacidade da criança hiperativa de prestar atenção.

A tioridazina é um tranqüilizante ao qual se pode recorrer se a criança for extremamente agressiva e, nesse caso, apenas nas situações mais difíceis.

SÍNDROME DE WEST

DEFINIÇÃO

A síndrome de West é um tipo de epilepsia rara que atinge crianças geralmente menores de um ano de idade.

SINTOMA

·    Retardo do DNPM e hypsarritmia (súbitas eclosões de atividades elétricas algumas com alterações de alto potencial no eletroencefalograma)
·    Falta de consciência
·    Alterações motoras: hipotonia, espasmos, retardo mental e hypsaritmia.

DIAGNÓSTICO

Através de sinais clínicos e eletroencefalográficos: atraso no desenvolvimento, espasmos físicos e traçado eletroencefalográfico com padrão de hipsarritmia.

TRATAMENTO

·    Uso intensivo do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico ) em suas apresentações injetáveis como: ACTHAR ( Corticotrophin) da Rhône Poulenc Rorer Pharmaceutical inc ou a sua forma de H.P.ACTHAR Gel (Repository Corticotrophin injection).
·    Outros anticonvulsivantes: Clonazepam, a lamotrigina, o Ácido Valpróico, o Fenobarbital e o Vigabatrin.
·    Tratamento fisioterapêutico
·    Estimulação para rolar, arrastar, engatinhar, sentar.

DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

DEFINIÇÃO

Caracterizada como um conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, intelectual, emocional ou de comportamento social. No entanto, não é o somatório dessas alterações que caracterizam a múltipla deficiência, mas sim o nível de desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.

SINTOMAS

·    Movimentos estereotipados e repetitivos
·    Não antecipa as atividades
·    Não demonstra saber as funções dos objetos ou brinquedos, utilizando-os de maneira inadequada
·    Pode rir e chorar sem causa aparente
·    Resistência ao contato físico
·    Movimentação dos dedos e das mãos em frente aos olhos
·    Não se comunica de maneira convencional
·    Distúrbio de sono
·    Não explora o ambiente de maneira adequada
·    Tropeça muito e bate nos móveis, objetos e etc
·    Gosta de ficar em locais com luminosidade
·    Pode não reagir a sons

DIAGNÓSTICO

·    Exames laboratoriais
·    Avaliações genéticas
·    Exames médicos: (neurológico, visão, audição e físico)

TRATAMENTO

Nesse sentido, além de contar com equipe multiprofissional e interdisciplinar, é de suma importância ter a disposição implementos tecnológicos para avaliação, diagnóstico e tratamento em reabilitação, adequados ao nível de complexidade a que se destinam.


PARALISIA CEREBRAL

DEFINIÇÃO

De acordo com Fischinger 1970, a Paralisia Cerebral é um distúrbio sensorial e senso- motor causado por uma lesão cerebral, a qual perturba o desenvolvimento normal do cérebro. A perturbação é estacionária e não progressiva. O distúrbio do cérebro é estacionário, mas o comprometimento dos movimentos é progressivo quando não se faz tratamento.

SINTOMA

·    Tônus muscular anormal (rigidez ou moleza) dos membros e posturas estranhas
·    Movimentos retorcidos irregulares e involuntários
·    Falta de coordenação dos músculos da boca
·    Problemas de alimentação como alimentação lenta, engasgos e vômitos
·    Atraso no desenvolvimento de etapas motoras, tais como engatinhar e andar
·    Fraqueza ou paralisia dos membros
·    Marcha anormal
·    Lentidão no desenvolvimento da fala e de habilidades sociais.
·    Pode apresentar Epilepsia
·    Dificuldade para caminhar, escrever, comer, falar, se vestir
·    Problemas com equilíbrio e coordenação motora
·    Dificuldades para controlar e manter a postura (eles precisam de ajuda para sentar eretos)
·    Problemas visuais (Clara tem estrabismo devido a Paralisia Cerebral)
·    Problemas de audição

DIAGNÓSTICO

·    Dificuldade de sucção, tônus muscular diminuído, alterações da postura e atraso para firmar a cabeça, sorrir e rolar são sinais precoces que chamam a atenção para a necessidade de avaliações mais detalhadas e acompanhamento neurológico.
·    Exame neurológico.
·    Exames de laboratório (sangue e urina) ou neuroimagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética).

TRATAMENTO

Apesar da paralisia cerebral não ter cura, deve-se realizar tratamentos tais como terapia física, ocupacional e psicológica; remédios anticonvulsivantes, psiquiátricos (exemplos: baclofen, o diazepam, o clonazepan, dantrolene, a clonidina, a tizanidina, a clopromazina e também a morfina ; cirurgia para corrigir anormalidades anatômicas ou soltar músculos tensos; cadeira de rodas ou andador; e aparelhos ortopédicos. 


MICROCEFALIA

DEFINIÇÃO

A microcefalia pode ser definida como sendo a situação quando o cérebro permanece anormalmente pequeno, sendo fácil reconhecer: o crânio é extremamente pequeno e raramente tem mais que quarenta e cinco centímetros de circunferência quando a criança estiver com um ano e três meses de idade; as fontanelas se fecham prematuramente, não permitindo que o cérebro alcance proporções normais de seu tamanho.

SINTOMA

Microcefalia é o crânio de tamanho menor que o normal, caracterizado pela desproporção entre a face e a caixa craniana sendo sua configuração peculiar.

A redução proporcional das dimensões do crânio, sendo que a circunferência ao nascer já é restrita e aumenta com lentidão, não passando de quarenta e dois centímetros.

Um defeito no desenvolvimento do cérebro como um todo, com um perímetro cefálico com menos de três desvios padrões abaixo da média para a idade e sexo. As anormalidades evolutivas e os processos destrutivos que afetam o cérebro durante a vida fetal e os períodos infantis iniciais podem induzir a esse defeito no lactente.

DIAGNÓSTICO

Geralmente diagnosticada no nascimento ou durante as consultas de rotina com o pediatra, quando são medidos peso, altura e a circunferência a cabeça.

TRATAMENTO

Não há tratamento específico para microcefalia, ou seja o tratamento é apenas sintomático e de suporte. É importante que as anomalias congênitas associadas sejam identificadas e ainda é de vital importância que se determine a causa específica desta desordem.

Procedimentos que devem ser realizados:
Procedimentos fisioterapêuticos
Medicamentos indicados para cada caso (ex: anticonvulsivante)
Cuidados com patologias associadas
Dieta adequada
Aconselhamento genético aos pais


HIDROCEFALIA

DEFINIÇÃO

É o acúmulo anormal e excessivo de líquor dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóide. É tipicamente associado com dilatação ventricular e aumento da pressão intracraniana; pode ocorrer em crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas específicas
Pode ser classificado como hidrocefalia comunicante ou não comunicante, dependendo da sua etiologia; outro termo utilizado é a hidrocefalia ex-vácuo, quando relacionado com atrofia cerebral
Hidrocéfalo não comunicante se refere a hidrocefalia que resulta de lesões que obstruem o sistema ventricular e hidrocéfalo comunicante se refere a lesões que afetam e obstruem o espaço subaracnóide.

SINTOMAS

Os sintomas variam de acordo com a faixa etária da criança:

·    Prematuros/lactentes: apnéia, bradicardia, fontanela tensa, veias do escalpo dilatadas, formato do crânio globóide, aumento do perímetro cefálico (vários centímetros em poucos dias).

·    Infantes: irritabilidade, vômitos, náuseas, macrocefalia, fontanela tensa, dificuldade para fixação e controle da cabeça, alteração ocular (sinal do "sol poente" - compressão mesencefálica).

·    Crianças mais velhas: dor de cabeça, vômitos, letargia, diplopia, edema de papila, hiperrreflexia, clônus.

DIAGNÓSTICO

·    Verificação na anamnese com a mãe sobre dados do pré-natal, exame neurológico (com medição de perímetro cefálico diário).
·    Ultra-som
·    Tomografia de crânio e ressonância magnética de crânio

TRATAMENTO

Utilizam-se medidas para fazer o escoamento desse excesso de líquor ventricular com a adoção de válvulas para drenagem deste líquido para o peritônio (derivação ventrículo peritonial - DVP); ou para o átrio (derivação ventrículo atrial - DVA)

Existem algumas medicações que fazem baixar a produção liquórica (acetazolamida), porém nem sempre tão eficientes

Acompanhamento neurológico intenso e verificação do grau de desenvolvimento.

Cirurgia de implante de válvula
Em casos especiais, pode ser realizada uma cirurgia chamada de terceiroventriculostomia.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Portanto, diante do exposto podemos perceber que cada ser humano é único e todos têm direitos de ser como o é e contribuir da sua maneira a sociedade. Nós futuras pedagogas podemos ser um dos agentes responsáveis para que esse indivíduo seja estimulado a não apenas existir mas sobretudo viver, mesmo diante dos desafios enfrentados por quem é acometido por alguma doença e/ou síndrome.




REFERÊNCIAS
ARAÚJO. Q. C.; FONTANA ROSIANE S.; FONTENELLE , Lucia. SINDROME DE MOEBIUS RELATO DE CASO. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/anp/v59n3B/5979.pdf. Acesso em 26 de set.de 2011.

Associação Brasileira da Síndrome de Willians. Disponível em: http://www.swbrasil.org.br/uploads/download/473f7677e29a5bf8ad23473b3668d16c5cfe474d.pdf. Acesso em 26 de set. de 2011. 

FISCHINGER, Bárbara Sybille. Considerações sobre a Paralisia Cerebral e o Seu Tratamento. Edição Sulina, 1970, Porto Alegre.

Aspectos Fisioterapêuticos e Clínicos
Jaqueline Maria Resende Silveira Leite1, Gilmar Fernandes do Prado REVISTA NEUROCIENCIAS. Disponível em: http://www.unifesp.br/dneuro/neurociencias/vol12_1/paralisia_cerebral.htm. Acesso em: 26 de set. de 2011.

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?237




www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp104348.pdf

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