Vista como uma modalidade de educação sem muito a se desenvolver, a educação de jovens e adultos te se revelado algo essencial, para aqueles que não puderam viver uma vida de educação regular. Considerando que ela pode transbordar além dos muros da escola, tem capacitado a muitos regredir profissionalmente, a ter uma participação mais efetiva como cidadão se assegurando dos seus direito e deveres. Por isso a autora vem dizer que a educação de jovens e adultos devem sim ser democratizada e daí ela vem enfatizar todos os percursos pelo qual essa modalidade passou para hoje atingir de forma mais abrangente.
A educação de jovens e adultos começou a ser sugerida por necessidade desde a Constituição de 1934, mas só a partir dos anos 40 que ela se constitui como uma política educacional, gerando vários programas e ações governamentais por todo país, tais como: Serviço de Educação de Adultos, Campanha de Educação de Adultos (1947); Campanhas de educação rural (1952) e Erradição do Analfabetismo (1958).
A primeira
campanha citada foi comandada por Lourenço Filho, que com isso pretendia
resolver o problema do analfabetismo do adulto e assim aumentar o nível
cultural. Daí que foi possível estabelecer o ensino supletivo integral que nos
anos 70 deu espaço para o Mobral.
A segunda
campanha destacou as conseqüências sociais de uma população formada por
analfabetos, mas só nos anos 60 viria a ser instituída uma metodologia
apropriada, como os métodos de Paulo Freire. Diante do regime militar era
necessário formar um adulto critico, para que se se posiciona diante dos
acontecimentos desse período.
A partir disso
com o próximo Programa Nacional de Alfabetização de Adultos (1964) incorporadas
pelo exilado Paulo Freire, tomaram formas relevantes que foram ocultadas pela
repressão do governo.
Em 1969, surgiu
o Mobral instituído pelo governo que também supervisionava as orientações
pedagógicas e os materiais didáticos e com isso instalou também secretarias
estaduais e às responsabilizando juntamente com o Ministério da Educação a
alcançar o maior número de adultos sem escolaridade. Todo esse esforço de
ampliar essa modalidade de educação foi para atender as exigências da UNESCO –
ligada a ONU – que através disso pretendia desenvolver de forma universal
socioeconomicamente e assim manter a paz.
Já apresentando
nos anos 70 números insuficientes de dominação o Mobral foi extinto em 1945,
dando lugar à fundação Educar que apoiava financeiramente e tecnicamente as
ações do governo estaduais.
Em 1971 foi
decretada a Lei Federal 5692/71 que assegurava mais flexibilidade,
organizando-se em cursos supletivos, ensino a distancia e etc; e assim
diferenciando do ensino regular, como por exemplo, a aceleração, e também a
certificação pelo madureza.
Apesar da lei
decretada, houve a dificuldade na ampliação obrigatória para oito anos da
escolaridade, dificultando a abrangência da educação básica aos jovens e
adultos que só seria regulamentada em 1988. Daí percebe-se a ineficácia do
ensino supletivo já instalado no país de forma heterogênea.
Nas series
iniciais – denominadas Suplência I, desenvolveu programas de alfabetização inspiradas
nas idéias de Paulo Freire. Esses programas atuavam em diversos lugares, como
em: igrejas, sindicatos, escolas, centros comunitários. Como essas
diversificações os cursos não finalizava o seu nível com certificação.
Diferente disso
a Suplência II, que seria as séries finais, que predominava as modalidades não
presenciais, passava por uma regulamentação rígida por parte do conselho de
educação.
A princípio as
idéias freireanas utilizadas pelos educadores eram para interligar a escola
para a realidade de seus alunos que na sua maioria era analfabetos, trabalhadores
rurais, mas a partir daqui o curso supletivo passa a atingir mais os jovens e
adultos urbanos.
A necessidade de
entrar para o mercado de trabalho, os adolescentes cada vez mais ingressava no
ensino supletivo destinado aos jovens e adultos, gerando uma grande defasagem
nas escolas regulares.
A partir disso,
visando à política dos anos 90, tem a extinta Fundação Educar que sucedeu o
Mobral e o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania que acabou um ano
depois, envolvia órgãos governamentais e não-governamentais.
A falta de incentivo
político e financeira era tão grande que ate alguns políticos argumentavam que
o analfabeto já estava habituado a viver sem saber ler e escrever. Com isso
programas estaduais interligados com o governo federal tiveram que se
responsabilizar e assumi-los com recursos próprios.
O governo de
Fernando Henrique Cardoso ao criar o Fundef, exprimiu as matriculas no ensino
supletivo, mas com a LDB promulgada em 1996 formulou nos objetivos e no acesso
a abrangência do ensino supletivo.
Para a
convivência em ambientes sociais e a qualificação profissional é preciso
consolidar a alfabetização funcional dos indivíduos.
Os jovens e
adultos tem toda a capacidade de aprender sim, daí os políticos educacionais
devem garantir de forma flexível esse direito.
É necessária uma
mobilização política e financeira para cada vez mais jovens e adultos que não
puderam estar no ensino regular, estejam amparados por leis e programas de
nível educativo voltados a eles, para que haja sempre uma continuação e
valorização de aprendizagem ao longo da vida.
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