Com a chegada da família real portuguesa organizou-se
o ensino superior das artes. O Neoclassicismo no Brasil foi introduzido por
arquitetos, pintores e escultores, com a fundação da Academia de Belas Artes do
Rio de Janeiro. As riquezas da colônia foram estudadas por naturalistas e
geólogos. Instalou-se a Imprensa Régia. Facilitou-se a importação de máquinas e
matéria-prima. Fundou-se o Banco do Brasil. O governo joanino, sob pressão
inglesa assinou dois tratados em 1810: o de Comércio e Navegação e o de Amizade
e Aliança.
Promoveu-se a vinda da Missão Artística francesa em 1816. Debret,
Taunat, Rugendos, Chamberlain e Thomas Ender foram alguns dos pintores que
deixaram de herança ricas imagens da vida social da época.
O ensino no Brasil foi divido em três níveis durante
o Primeiro e Segundo Império. Proclamada a Independência, a Assembléia
Constituinte reuniu-se em 1823 com finalidade de estabelecer o novo ordenamento
jurídico com uma Carta Magna. Foi decretada uma lei nunca cumprida, a escola
primária manteve-se sem restrições, ou seja, gratuita a todos os cidadãos. Só
que a elite educava seus filhos em casa com professores ou em um lugar
escolhido para aulas em grupo. Às outras classes eram oferecidas escolas de
ler, escrever e contar.
De 1827
a 1854, foi implantado por decreto o método de ensino
mútuo ou monitorado, do pedagogo Lancaster, que educava os alunos com poucos
gastos. Sem muito sucesso, por falta de infra-estrutura.
No ensino secundário, a falta de recursos impedia a
construção de escolas, preparação dos mestres e uma remuneração de qualidade.
As disciplinas eram escolhidas aleatoriamente com a
intenção de preparar os jovens para os cursos superiores. O Ato Adicional
(1834) atribuiu à Coroa a educação da elite e com as províncias ficou a
educação do povo. Essa descentralização prejudicou em muito a educação
brasileira.
Escolas destinadas à elite intelectual foram fundadas
como padrão de ensino. Escolas religiosas surgiram como tendências a partir do
século XIX, em especial as católicas. Já as protestantes trouxeram inovações
americanas. Há também o surgimento das escolas leigas com inspirações
positivistas.
Os cursos superiores, até então só para a formação de
padres, foi fundado dois cursos jurídicos que eram os que mais atraíam os
jovens, para a ocupação de funções administrativas e políticas, e também para o
“enobrecimento” na formação humana.
Longe de ser uma prioridade, tentou-se melhorar a
formação dos professores com a criação de escolas normais que acabavam tendo uma
duração instável devido o descaso. Não se tinha a preocupação com um método
pedagógico específico, a remuneração era ruim e não tinha apoio didático às
escolas. O cargo de professor era entregue até para funcionários públicos ou
familiares de políticos. Criou-se uma seção feminina nas escolas normais para a
profissionalização no magistério, gerando uma feminização no ofício que antes
atendiam só os rapazes. Depois disto, fundou-se os cursos profissionalizantes
para a formação qualificada para o trabalho.
Portanto, o ensino superior era almejado para a
valorização da elite. Assim pode-se perceber o quanto à precariedade do ensino
especialmente o primário e o secundário é refletido pelo descaso vivido
atualmente na educação.
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