Páginas

Mostrando postagens com marcador SOCIOLOGIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador SOCIOLOGIA. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RESUMO "SUZANA E O MUNDO DE DINHEIRO"


Suzana e o Mundo de Dinheiro, apesar de ser um livro juvenil, nele transitam os conceitos marxistas em relação ao mundo capitalista.
Com os questionamentos de Suzana, para poder entender o mundo de dinheiro, desperta em nós as mesmas indagações (ou até mais).
Em sua busca incessante para compreender como funciona “o mundo de dinheiro”, Suzana descobre que tudo está ligado ao lucro, daí inicia-se os seus questionamentos sobre as empresas, a diferença de salários entre os sexos e outros aspectos do cotidiano.
Como leitora pude acompanhar cada pensamento de Suzana, cada pergunta dela, passou a me perturbar também e através do seu avô as respostas vinham de uma forma que assim como Suzana, também pude compreender.
Enxergar o mundo, como ele realmente é, nos dá o sentido de lamentações, por tantas coisas erradas, desumanas e injustas que estão acontecendo. Apesar disso, se nos revestirmos com as lentes mágicas de Suzana, esqueceremos o conformismo e buscaremos novas formas de colaborar, mesmo que com pequenos gestos.
Ao final, as soluções apresentadas por Suzana, para consertar o mundo coincide também com minhas idéias pessoais. Acredito que com toda a bolha que vem crescendo, com a violência, desigualdade social, desemprego, miséria, em especial no nosso país, os nossos representantes políticos parecem não enxergar que é necessária uma emergente distribuição de renda mais justa, novos investimentos na educação para formar cidadãos, menos corrupção, saúde de qualidade, tudo isso para a melhoria de vida.
Mas enquanto isso fica no papel, penso que cada um de nós somos chamados e capacitados para fazermos a nossa parte mesmo que de forma paralela aos poderes públicos.

RESUMO "CAPITALISMO PARA PRINCIPIANTES"

No clã da primeira organização social os homens trabalhavam para o bem comum. Com a invenção das armas e ferramentas aumentaram as formas de obtenção de alimento e a superprodução começando assim trocas de mercadorias entre tribos. Apareceu à propriedade privada, a escravatura, assim ocorre à divisão de duas classes: senhores e escravos. O escravo pertencia e produzia para o seu senhor. O feudalismo surge como um regime da sociedade medieval na Europa, a base da propriedade da terra. Diferencia-se da escravidão, pois camponeses possuíam uma pequena propriedade. A sociedade passa a ser dividida em: nobreza, clero, artesãos e camponeses. Os nobres e o clero comandavam todo o comércio. Os camponeses tinham que pagar os maiores impostos, além disso, havia o medo do castigo de Deus, pois eles – as camadas inferiores – acreditavam que Deus os castigava para serem pobres.
            No comércio, surgiu o Mercador que vendia de tudo a base de trocas. Os nobres se beneficiavam com as mercadorias valiosas e o trabalho dos outros. Cada senhor feudal dos reinos da Europa Central podiam cunhar as suas próprias moedas. Em 20 de maio de 1498, Vasco da Gama chega à Índia (época conhecida como: Período dos Grandes Descobrimentos). Na América, os espanhóis invadiram os impérios inca, maia, asteca, as ilhas do Caribe.
            Por volta de 1630, a Europa sofreu uma profunda miséria ocorreu devido a Revolução dos Preços, pois, os salários não aumentaram na mesma proporção dos preços.
            Com a Revolução, até os nobres foram atingidos negativamente, somente os mercadores se beneficiaram. Essas crises financeiras desencadearam uma guerra, onde os comerciantes patrocinavam os exércitos (formados por artesãos) dos reis. A partir daí os comerciantes aboliram o sistema de produção familiar e os artesãos passaram a trabalhar nos galpões e casas dos comerciantes. Os artesãos dependiam da matéria-prima, assim tornaram-se empregados dos comerciantes.
            Com a expansão dos Estados, muitos negociantes enriqueceram com o comércio dos negros da África, que eram vendidos na América do Norte e do Sul e a Europa. Os portugueses seguidos pelos ingleses e holandeses devastaram e despovoaram toda a África. Neste comércio os africanos recebiam objetos em troca à África. Neste comércio os africanos recebiam objetos em troca dos escravos, já os europeus lucravam com dinheiro. No Brasil, EUA e Jamaica os escravos trabalhavam nas plantações sem os seus direitos trabalhistas. No século XVII, durante o declínio do Feudalismo instalou-se a Revolução Francesa, já que a burguesia francesa pretendia ser a dona das terras e obter o poder político.
            Os capitalistas visavam ter maiores lucros, com isso o operário apesar de trabalhar mais que os capitalistas ganhavam menos dinheiro, a essa diferença deu-se o nome de mais-valia. A indústria passava por mudanças no modo de produção, houve a tentativa da substituição do operário pelas máquinas, que desempregou muita gente, os senhores perceberam que deveriam continuar com alguns operários para o funcionamento das máquinas. A Igreja Católica condenava o capitalismo, já a Igreja Protestante conduzia o desejo de lucro aos seus fiéis. Todo o poder político e judiciário era voltado para a representação e proteção do capitalismo.
            Os operários juntaram forças e criaram o sindicato, muitos dos seus membros foram perseguidos e presos, mas ainda assim o sindicato sobreviveu até os dias de hoje.
            Para fortificar o capitalismo surgiu o monopólio (atualmente conhecido com Multinacionais) que era um grupo de empresas que dominava o comércio. Desta forma, o comércio passou a produzir muito mais do que consumia desencadeando uma crise mundial de 1873. A economia seguia – segundo Marx – como o sistema que determina como as pessoas devem viver, garantindo as forças políticas, jurídicas, morais e etc. Dizia que a ditadura do proletariado deveria substituir a ditadura da burguesia, por beneficiar muito mais gente. Defende o fim da propriedade privada dos meios de produção por ela causar miséria das massas, concentração de riqueza em grupos menores, desemprego entre outros.
            Mais uma vez o capitalismo precisava de uma revitalização, daí as potências européias dividiram a África para colonizá-la visando uma melhoria no sistema. O Brasil e a América Latina no século XIX, estavam nas mãos da Inglaterra. Nossa estrutura econômica estava voltada para a exportação. Para colonizar a China, Oceania, Ásia e África, foi preciso a união do Capitalismo e a Igreja Católica.
            Com as brigas da concorrência por colonização, desencadeou a Primeira Guerra Mundial. Os países: Alemanha, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Turquia se juntaram contra o grupo aliado formado por: Rússia, França, Inglaterra, Itália, Sérvia, Romênia e depois os EUA, que saíram como vencedor.
Após o afastamento da Rússia, surgiu a Crise de 29 provocando desemprego, fome, miséria.
            O Brasil prejudicado por essa crise, viveu a Revolução de 30 que foi a adaptação das classes dirigentes das novas regras do capitalismo.
Apesar disso a Segunda Guerra Mundial foi inevitável. Hitler invadiu a URSS. Os EUA se desenvolveram industrialmente. O Brasil torna-se mais dependente dos países industrializados.
Após o Golpe de 64, mais uma vez o capitalismo precisava de um milagre, o Governo criou recursos, tornando o crescimento econômico artificial. Com o fim do milagre vieram as eleições de 74, a crise internacional do petróleo e as primeiras greves.
As Multinacionais surgem com força após a guerra, faz o Brasil se endividar com empréstimos no exterior.
A sociedade de consumo é o ápice do capitalismo, um de seus instrumentos foi à televisão, que garantia o lucro dos seus expectadores, representado pela classe dominante: os consumidores.
A ideologia domina a sociedade, que por sua vez é difundida pela ideologia burguesa.
Diante disso tudo, o mundo torna-se individualista. O que é passado pela ideologia dominante só fica na teoria. As camadas inferiores são consideradas mais solidárias.
Portanto, percebe-se que o Capitalismo apesar de todas as crises e reformulações sofridas ainda assim é inviável. Torna os direitos humanos em negócios para garantirem lucros.


NOVAES, Carlos Eduardo. Capitalismo para principiantes. 21 ed. São Paulo: Ática, 1994.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PRINCIPAIS CORRENTES TEÓRICAS DA SOCIOLOGIA


DURKHEIM
WEBER
MARX
SOCIEDADE CAPITALISTA
Durkheim abordou a sociedade como um fato sui generis e irredutível a outros, compreendendo-a como um conjunto de ideais constantemente alimentados pelos indivíduos que fazem parte dela.
Possibilidade maior de ação do indivíduo, do que as sociedades antigas.
A sociedade capitalista é caracterizada a partir das "relações de produção” entre capitalistas os donos dos meios de produção e os trabalhadores que vendem sua força de trabalho que vive em permanentes contradições.
OBJETO DE ESTUDO
Os fatos sociais, ou seja, regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade.
Ação social dotada de sentidos.

Marx, não delimitou um objeto para a sociologia, e sim para a ciência, discutindo as relações brotadas nessas classes sociais.
RELAÇÃO INDIVÍDUO - SOCIEDADE
Na vida em sociedade o homem defronta com regras de conduta que não foram diretamente criadas por ele, mas que existem e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos.
Não existe oposição entre indivíduo e sociedade: as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. Cada individuo age levando em conta a resposta ou a reação de outros indivíduos.
Para Marx não se pode pensar na relação individuo-sociedade separadamente das condições materiais em que essa relação se apóia.  O homem para sobreviver precisa transformar a natureza, portanto a produção e a raiz da estrutura social gerando as classes sociais.
CAUSAS DOS PROBLEMAS SOCIAIS
Na sociedade moderna, a divisão do trabalho ser bem maior do que antes. Várias classes de funcionários foram criadas nas fábricas. Numa linha de produção, um trabalhador não precisa saber de todo o processo de fabricação do produto, apenas da parte que lhe foi conferida. Isto gerou uma dependência cada vez maior. Falha nas instituições, coletividade.
Não encontramos nos escritos Weberianos uma preocupação focada nas causas dos problemas advindas da sociedade capitalista. Apenas, o que podemos perceber é o estudo da burocratização, da religião e da educação utilizada apenas para o trabalho.
É a desigualdade social, política, econômica das classes sócias, as propriedades privadas concentradas nas mãos de poucos que geram a riqueza de um lado e a pobreza do outro.
ESTADO
Cérebro da sociedade tem a função de organizar a sociedade.
Ação do indivíduo sobre as leis a partir do momento que a sociedade cresce tende a se burocratizar.
O Estado é uma força política, militar e jurídica.
EDUCAÇÃO
Acredita que o papel da educação é adestrar o indivíduo para integrá-lo na sociedade
Formar o ser humano, entretanto, na sociedade capitalista a educação se resumiu a formar indivíduos para indústrias e assim a escola serviu para buscar honras, status, obter dinheiro.
O tema educação não ocupou um lugar central na obra de Marx, pois sua maior preocupação foi estudar as relações sócio-econômicas e políticas e seu desenvolvimento no processo histórico. Mas, Marx afirmava que a educação escolar é dialética, pois ela pode contribuir para a alienação e também para a libertação.
NEUTRALIDADE CIENTÍFICA/TAREFA DO CIENTISTA
A metodologia do cientista seria a neutralidade, ou seja, descrevendo a realidade dos fatos não envolvendo nenhum de seus sentimentos, emoções ou opinião.
A tarefa do cientista, era descobrir os possíveis sentidos da ação humana.
Para Marx não há neutralidade científica.
METODO CIENTIFICO
Baseado na teoria positivista.
Apresenta certas semelhanças com o método comparativo. O pesquisador ao comparar fenômenos sociais complexos, cria tipos ou modelos ideais (que não existiam de fato na sociedade), sendo construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno. Desta forma, o instrumento de pesquisa é o ideal, utiliza análises históricas.
É o materialismo histórico e dialético que estuda as causas naturais e históricas do modo de produção para se ter uma compreensão do funcionamento e organização da sociedade.
TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA
Todos deveriam ter uma consciência coletiva, mas a sociedade capitalista faz com que as pessoas tornam-se independentes.
Não se ocupou em destacar o trabalho como objeto de sua sociologia, porém Weber condena o ócio, o lazer na racionalização e burocracia.
Categoria que funda o ser humano contraditoriamente no capitalismo o trabalho é fragmentado, ocorrendo à divisão do trabalho que não gera nenhum tipo de solidariedade causando ao operário uma alienação, isto é, a perda de um todo, particularizando as lutas e os problemas sociais.
VIDA RELIGIOSA
Função na sociedade de representar um ser supremo, regularizando a sociedade.
Estabelecer conexões entre a doutrina e a pregação protestante seus efeitos no comportamento dos indivíduos e no desenvolvimento da sociedade capitalista.
A religião é usada como instrumento para alienação do ser humano.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

SOCIOLOGIA E EDUCAÇÃO

A Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para assim poder organizá-la. Ciência nomeada por August Comte, surgiu devido às tensões geradas durante a transição da sociedade feudal para a capitalista.

Essas duas sociedades se diferem na sua forma de organização, como por exemplo:
  • Economia:
Feudal – produção agrícola, trocas por terras ou produtos, auto-suficiência;
Capitalista – instalação da moeda (dinheiro);
  • Política:
Feudal – autonomia dos feudos, estado centralizado na nobreza e clero;
Capitalista – estado descentralizado, divisão e instalação dos três poderes: Judiciário, Legislativo e Executivo;
  • Social:
Feudal – pouca média de vida, trabalho familiar conjuntamente;
Capitalista – mulheres e crianças trabalhavam com carga horária e remuneração inferior ao homem, alimentação racionada;
  • Trabalho:
Feudal – o servo planejava toda a roça apesar das explorações;
Capitalista – ritmo avançado, trabalhador alienado, troca de qualidade por quantidade.

O declínio da sociedade feudal e a ascensão da sociedade capitalista devem-se ao contexto histórico dessa época que se dividiu em três fases:
  1. Revolução no campo econômico (Revolução Industrial): introdução da máquina na forma de produção das indústrias e fábricas, êxodo rural que propiciou superlotação das cidades desencadeando situações de miséria, desemprego, falta de alimentação, epidemias.
  2. Revolução no campo do conhecimento (Revolução Científica): na sociedade feudal tudo tinha uma explicação teológica, já na sociedade capitalista passa a ser explicado na ciência, na razão.
  3. Revolução no campo político: movimento contra os privilégios da nobreza e do clero, conscientização dos explorados (servos), reforma do Estado francês, ascensão de Napoleão, encerrando a Revolução Francesa com o golpe de Estado de 18 Brumário e o domínio da burguesia.
Diante de tudo isso a sociedade sentiu a necessidade da criação de uma nova ciência em que os grupos, as comunidades, enfim toda a sociedade pudesse ser o objeto de estudo, assim surge a Sociologia.